sábado, 23 de fevereiro de 2008

Não se mata um pensamento.

Há algum tempo fiz um post sobre o assassinato de Luis Carlos Barbon. O crime ocorreu em Porto Ferreira e teve repercussão nacional, meu post foi em 06/05/07.

Abaixo trecho do "A Tarde on Line" de 20/02/08, sobre o provável desfecho do caso.

"Quatro policiais militares (um sargento e três soldados) de Porto Ferreira (SP) foram indiciados pelo homicídio do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho, morto a tiros em 5 de maio de 2007, num bar. Dois homens encapuzados atiraram duas vezes contra ele e fugiram numa moto, atirando ainda contra um jovem em outro local. Um comerciante foi acusado de ser o dono da arma usada no crime. O inquérito está sob segredo de Justiça e foi encaminhado aos promotores do Grupo de Atuação Especial Regional para Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Gaerco), de Campinas.”

“O comandante regional da Polícia Militar responsável por Porto Ferreira, tenente-coronel João Donizete Scozzafave, informou que os PMs continuam trabalhando normalmente. Barbon Filho atuava na imprensa de Porto Ferreira e, em 2003, embora não tenha sido o responsável por tornar público o caso de aliciamento de meninas e orgias realizadas por empresários e políticos locais, foi um de seus mais enfáticos críticos."

Geraldo Jordão Pereira

Batatais é uma cidade interessante, possui uma boa infra-estrutura, faculdades, teatro, saúde publica se não exemplar, satisfatória, rede de ensino publica como todas no Brasil, aquém do necessário, mas acima da média.
Um ponto a ser destacado é o nosso passado. Por aqui passaram homens, nascidos ou não nestas terras, com grande saber e coragem, que infelizmente minha geração não consegue igualar.
Homens como Washington Luis e Altino Arantes por exemplo. Suas vidas fazem parte da história do Brasil: Washington Luis foi Presidente e Altino Arantes preteriu do cargo. São poucas as cidades no estado de São Paulo sem uma biblioteca e, para mim este simples fato revela a competência com que Altino Arantes governou São Paulo em sua época.
Washington Luis, como presidente é lembrado por muitos, como o que foi deposto por Getulio, mas seu governo não foi dos piores, construiu estradas e segurou o "rojão" durante a grave crise de "29". Foi também bom governador em São Paulo e, principalmente foi um magnífico Alcaide em Batatais.
Não há duvidas que estes personagens históricos, possibilitaram a Batatais enfrentar períodos de pouca imaginação de muitos governantes futuros, eles chegaram a altos cargos devido a seu grande preparo intelectual e capacidade de realizações.
Mas em minha opinião o mais ilustre brasileiro que aqui passou e, foi pelo mundo afora propiciar o progresso e desenvolvimento do ser humano, foi o batataense José Olympio Pereira Filho, cuja força e fina sensibilidade, ajudou a literatura brasileira, a alcançar o destaque que tem hoje no cenário cultural brasileiro.
Mas este post não é sobre "José", é uma homenagem a seu filho, Geraldo Jordão Pereira, que deu continuidade a obra de José Olympio, sendo o criador da Editora Sextante além da Editora Salamandra.
Geraldo Jordão Pereira nasceu no Rio de Janeiro, e sempre teve sua vida dedicada à cultura e projetos sociais, infelizmente faleceu em 12 de fevereiro aos 69 anos de idade.
Em duas ocasiões fez generosa doação de livros para bibliotecas de Batatais e colaborava para a revitalização da Biblioteca Publica Municipal.
O Brasil perdeu um grande intelectual, empreendedor e visionário. A cultura nunca morre, mas certamente sentirá a falta de mais um "Livreiro".

domingo, 17 de fevereiro de 2008

CPI DAS ONGs

Estou assumindo que estou fazendo papel de bobo, mais ainda, tenho problemas de memória.
A explicação para minha constatação é simples: o que é uma tapioca? Uma comprinha em um free shop?
A luz surgiu, quando li o ótimo artigo de Josias de Souza (http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2008-02-17_2008-02-23.html), que ao recordar a nós, pobres pagadores do fisco, quanto é a soma do numerário, envolvido na investigação da CPI das ONGs. Estamos muito preocupados com os gastos não justificados com os cartões e, esquecemos do enorme ralo de recursos públicos no qual algumas organizações não governamentais, mas que precisam do dinheiro governamental para existir, "torram" enormes somas provenientes dos nossos impostos, pagos regiamente.
A investigação sobre o uso incorreto dos cartões é necessária, mas não pode ofuscar ou ser utilizada, para iludir a opinião publica, levando ao esquecimento da investigação sobre os desmandos das ONGs, com o dinheiro dos impostos.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Vai ficar na memória?

Os cartões corporativos do governo federal têm causado grande polemica, tanto na mídia tradicional, quanto na internet.
Ocorre que estes cartões, em minha opinião, são necessários para a administração de qualquer governo, assim como é para as empresas e, mesmo para profissionais liberais.
Quem duvidar, tente pagar uma pequena conta em uma grande cidade com dinheiro vivo, vai ser uma desconfiança do caixa, que causa vergonha a quem quer pagar uma conta.
O uso destes cartões possibilita que órgãos de controle, assim como a população em geral, fiscalizem o uso do dinheiro publico.
Fica, portanto, muito estranho, carimbar como problema de segurança nacional, seu uso em locais, cuja justificativa seja embaraço na certa.
Pior que tudo isto, é o surgimento de uma investigação por parte de nosso congresso, que já nasce com limitações de investigações sobre determinadas pessoas. Só é possível investigar quem compra uma tapioca. Quem compra vinhos, carne com cortes especiais deve ficar fora da investigação.
Fiquei com a impressão, que a CPI proposta é para pegar alguns "suspeitos de sempre", que utilizando, desta vez, recursos contabilizados, foram eleitos bois de piranha para acalmar a turba boba, ou seja, o povão.
Não haverá investigação, doa a quem doer, bem como não haverá propostas ou mecanismos de aprimoramento do uso deste instrumento de gestão do governo.
Agora, se eu, tu, ele, nós, vós e eles, continuarem com a boca no trombone, talvez surja algo de bom com tudo isto.
Nas próximas eleições, devo lembrar deste fato também, quando decidir meu voto. Você que está lendo isto, vai lembrar também?

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Uma frase, uma verdade.

“Esse pessoal [do PT] já mostrou que não pode ver cofre. O problema não é o cartão, mas a mentalidade de quem o comanda”

Senador Heráclito Fortes (DEM - PI)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008


Tudo continua igual, parte 2...

Francamente, não entendo por que tanta celeuma em torno dos cartões corporativos do governo Lula.
Uma ministra que não sabe por que veio, gasta uns meros trocados, foi descoberta e caiu. A segurança da filha do Lula, gasta uma merreca de 55.ooo reais, e todo mundo fala.
E o Lulinha? Que numa “sacadinha” de vários milhões, foi beneficiado por uma empresa de concessão de serviço publico, sem usar cartão.
Mas, para tudo há uma explicação. No caso do Lulinha, é seu famoso tino comercial; nos outros casos, bem o General Felix, disse que é questão de segurança nacional.
Meu Deus do céu, quando na universidade, sai às ruas para contribuir com a derrota da ditadura militar, aquela que sempre saia com esta mesma desculpa para todos os males do Brasil.
Todo pensamento contrário era enquadrado na Lei de Segurança Nacional. Agora toda descoberta contrária ao governo Lula, é questão de segurança nacional.
Há, porém um fato novo, muito interessante por sinal. Agora não é apenas o governo do FHC, o culpado, além da "herança maldita", há também questões de segurança nacional, que veículos da mídia “revisionista” e contrária aos interesses da “classe” governista, teimam em tornar públicos.
Mas é uma pena que estas questões, que colocam em risco a nação brasileira, sejam referentes à suspeitas do mau uso do dinheiro do contribuinte, já que, quem vai faturar alto com este problema, é lógico, vai ser a base aliada no congresso, que de boba não tem nada. Os aliados de Lula, já enxergaram uma boa oportunidade, podem pedir alto para não sair uma CPI, ou melhor, ainda, sai a CPI e, eles simplesmente fazem o mesmo que fizeram nas outras: não investigam nada e, o que é descoberto é enterrado.
Francamente, não há nada mais atentatório contra a igualdade social do povo brasileiro, do que um governo, que surpreendido com atos, contabilizados, mas pouco justificáveis, recorre aos artifícios da ditadura militar de 64.
"É UMA VERGONHA!"